Os primeiros Ensaios
Mestre Albino, Zé Guia e os restantes Bonecros já começam a dar os primeiros passos.
Atenção não confundir, bonecros com bonecos.
Bonecros são actores de pau e serradura. querem saber porquê?
As fotos em breve.
Grupo Cénico Pérola da Adraga, da Sociedade Recreativa e musical de Almoçageme. É um Grupo de Teatro Amador da freguesia de colares e concelho de Sintra.peroladaadraga@hotmail.com
Mestre Albino, Zé Guia e os restantes Bonecros já começam a dar os primeiros passos.
Atenção não confundir, bonecros com bonecos.
Bonecros são actores de pau e serradura. querem saber porquê?
As fotos em breve.
Esta farsa de Romeu Correia de 1962, foi uma das suas obras mais premiadas e mais marcantes no panorama teatral português.
A sua história além de simples é de alguma complexa compreensão, como tudo o que fazia, o que parece não é, e é de aparências que vive o homem.
A história retrata uma vida de feira, algures no alentejo, uma feira com barracas de tiros, licores, diversões para as crianças, aberrações para os adultos e bonecreiros para o mundo. São estes bonecreiros que iniciam a narrativa: Albino e Zé guia, enquanto que o primeiro, velho e bêbado, coze os bonecos/ marionetes, o segundo apresenta-os na sua barraca teatral.
Apesar de mendigos são dotados de uma riqueza interior fora do normal, só igualada na peça pela estrela da companhia Hortense.
É quando passa o prólogo da peça que os bonecos até agora de serradura ganham vida e transformam-se em bonecos de carne e osso.
As histórias que os bonecos apresentam são duas, mas estão ligadas entre si. A primeira é a família pobre de Albino: a filha, a mulher, o futuro padrasto de sua filha, a sogra, a alcoviteira; a segunda história reflecte a sua família burguesa e cruel, o cunhado bruto e nobre, a irmã bastarda, as primas, o primo, a sobrinha, e o seu sobrinho o único que o venera.
No fim, Hortense acaba por deixar sair serradura pelas suas artérias, Albino enlouquece, ou morre, ou ... venha descobrir.
Romeu Correia (1917-1996) nasceu e faleceu em Almada.
Foi escritor e dramaturgo autodidacta, colaborou em várias publicações, de que se destacam o Suplemento Cultural de O Comércio do Porto, Vértice e Sílex. Recebeu, entre outros, o Prémio 25 de Abril atribuído pela Associação de Críticos Teatrais em 1984.
Destacou-se como ficcionista e dramaturgo, inserindo-se inicialmente na corrente Neo-realista. As suas obras, marcadas por uma forte ligação às fontes da literatura oral popular, decorrem frequentemente em ambientes como os do circo, das feiras, do teatro de fantoches ou outros grupos marginais à sociedade. A estas características aliam-se, porém, técnicas dramáticas do teatro de vanguarda. Foi, nos últimos anos da sua vida, o dramaturgo mais representado por grupos amadores de teatro em Portugal.
Paralelamente à carreira de escritor, Romeu Correia foi Atleta de alta competição em Atletismo e Campeão Nacional de Boxe amador.
Recebeu, em 1962 e 1975, o prémio Casa da Imprensa; em 1984, o Prémio de Teatro 25 de Abril, da Associação Portuguesa de Críticos de Teatro; e, pela peça O Vagabundo das Mãos de Oiro (1962), o Prémio da Crítica. Escreveu ainda, entre outras peças, Casaco de Fogo (1953), Bocage (1965), Grito no Outono (1980), Tempos Difíceis (1982), O Andarilho das Sete Partidas (1983) e A Palmatória (1995).
Muitas das suas obras foram traduzidas em Chinês, Húngaro, Checo, Alemão, Russo e Braille. A sua obra foi algumas vezes alvo de estudos catedráticos, tendo sido distinguido por algumas Universidades em todo o mundo (Universidade de Viena de Áustria por exemplo). Em 1996, na Universidade de Grenoble (França) foi concluída uma tese de Doutoramento sobre toda a sua obra.
A sua biografia pode ser encontrada nos mais completos e importantes dicionários de autores do Mundo como The International Authors and Writers Who's Who (Cambridge-Inglaterra); Who's who in the World (Chicago- Estados Unidos da América); Who's Who in Europe (Amesterdão - Holanda); ou Dictionary of International Biography (Cambridge - Inglaterra).
Obras:
Sábado sem Sol (contos, 1947); Trapo Azul (romance, 1948); Os Tanoeiros (romance, 1952);
Casaco de Fogo (teatro, 1953); Sol na Floresta (teatro, 1957); O Vagabundo das Mãos de Oiro (teatro, 1960); Bonecos de Luz (romance, 1961); Bocage (teatro, 1965); Jangada (1966);
O Cravo Espanhol (1970); Roberta (1971); Tempos Difíceis (teatro, 1982); Um Passo em Frente (contos, 1976), O Tritão (romance, 1982),; O Andarilho das 7 Partidas (teatro, 1983);
Cais do Ginjal (novela, 1989); Palmatória (1995)
O Grupo cénico Pérola da Adraga está na fase de preparação da nova peça de teatro.
Este ano a escolha recaiu na farsa de Romeu Correia, O Vagabundo das mãos de oiro, onde o drama se mistura com a comédia burlesca alentejana.
Esta obra prima deste autor de Almada promete levar a almoçageme milhares de espectadores.
2007 promete ser o ano de mundança do GCPA. Novos actores, novas actrizes, estrelas de novelas, uma peça que vem cortar com as comédias de costumes que se realizaram no passado.
Agora é que vai ser...